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By Ferramentas Blog

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Drusila


Extraído de um livro anônimo de teurgia europeu

Drusila esteve encarnada na Roma Antiga. Era uma grande iniciada nos Templos dos Mistérios Sexuais de Roma. Praticava, porém, a Senda da Mão Esquerda. Morreu bem velha, sempre praticando magia nos templos.

Depois que desencarnou, seu corpo estava eletricamente poderoso, carregado de energia sexual transmutada. Ela acumulou e absorveu toda esta energia dos inúmeros homens com quem copulava nos rituais de magia dos templos romanos. Ao desencarnar, seu corpo astral voltou a ter a aparência de quando ela era jovem.

Devido ao seu enorme poder de natureza astro-elétrica, Drusila tornou-se senhora de seu destino no plano astral. Nenhum mentor espiritual conseguia capturá-la ou obrigá-la a reencarnar-se para pagar seu carma na Terra . Ficou à margem da lei divina. Sem dúvida alguma, tornou-se mais um demônio nas fileiras sombrias desta Terra. Tornou-se uma força sexual negativa da natureza, uma protetora da prostituição, dos abortos, da pornografia e dos crimes passionais.

Invocada pelos magos e teurgistas no plano astral, Drusila aparece como uma mulher belíssima e sedutora. Ela aparece totalmente nua. Tem cabelos negros e olhos azuis. Em seu braço esquerdo, há um bracelete de ouro com brilhantes. Seu face, porém, é perenemente tensa e tenebrosa. Sua aura emana uma energia sombria e caótica. É sempre atraída pela luxúria dos humanos. Os ritos para invocá-la são todos de natureza sexual.

Drusila alimenta-se da energia sexual dos homens encarnados. Os homens desdobram-se em astral durante o sono do corpo físico. Drusila copula com eles no plano astral e absorve sua energia astro-elétrica.

Drusila estimula as fantasias sexuais e seduz os homens nos sonhos. Eles têm sonhos eróticos; sonham que estão copulando. Em grande parte das vezes, chegam a ter uma polução noturna, ou seja, derramam fisicamente seu sêmem. Drusila também absorve a contraparte astral deste sêmem, fortalecendo-se e mantendo-se robusta.

Drusila é um súcubo, um poderoso demônio sexual que atua no plano astral. Ela tem a posse de uma parte dos domínios terrestres de Satã. Está encarregada de degenerar sexualmente e prostituir a humanidade. Tem muitos seguidores e seguidoras no plano astral. É chefe de vários súcubos e íncubos que atacam a humanidade à noite durante o sono.

Depois da Revolução Sexual que ocorreu a partir da segunda metade do século XX, Drusila pôde expandir seus domínios e influências sobre a humanidade. A partir da energia negativa expandida das esferas satânicas da Terra, estimulou-se o sexo livre sem responsabilidade, a promiscuidade, o mercado do sexo (pornografia, publicidade erótica) e a prática homossexual masculina. Agora o objetivo das entidades tenebrosas é estimular a prática homossexual feminina, o que já está ocorrendo com intensidade há algum tempo. Isto trará como consequência lógica a degradação da humanidade a médio e longo prazo. A degeneração espiritual e moral da humanidade começa a partir da degeneração sexual.

A grande maioria dos demônios não pode se materializar no plano físico. Sua ação no plano material é meramente espiritual e mental. Porém, no plano astral, estão livres para atuarem como quiserem, pois ali existe plena liberdade de ação e movimento.

As formas-pensamento de luxúria dos seres humanos também servem de fonte de energia e alimento para tais classes de demônios sexuais.

Baal


Podemos afirmar sem sombras de dúvidas, que a Goetia é uma das práticas sistematizadas mais proeminentes do ocultismo clássico e da magia contemporânea. Rechaçada por muitos e considerada baixa magia por outros, a Goetia que conhecemos hoje deve parte de sua reputação a dois célebres cavalheiros em especial: Samuel Liddel MacGregor Mathers e Aleister Crowley.

Em 1889 Mathers publicou sua tradução do “A Goetia – A Chave Menor do Rei Salomão”, nessa obra está descrita a natureza básica de 72 Espíritos com os quais o Mago pode estabelecer contato para a obtenção de certos “favores”. O livro passou a ser ainda mais conhecido com a edição e a introdução de Aleister Crowley, onde Mestre Therion esclarece que “os Espíritos da Goetia são partes do cérebro humano”. Essa introdução foi escrita em 1903 em Boleskyne, uns três ou quatro anos após Crowley ter iniciado suas práticas goéticas, sob o título “A Interpretação Iniciática da Magia Cerimonial”.

O livro apresenta ainda algumas tabelas de correspondências, os selos mágicos dos Espíritos, as conjurações, os requisitos dos operadores, as técnicas de operação, além das particularidades inerentes a prática Goética.

Um pouco menos conhecido, porém de extrema relevância, foi o trabalho de Guido Wolther (Frater Daniel) nos anos 1970 na Fraternitatis Saturni. Suas anotações pessoais culminaram no “Luciferian Hierarchy” onde Frater Danielis descreve sinais de evocação de Espíritos Goéticos Femininos através de Goetia sexual. Suas ilustrações são simples, porém muito próximas das manifestações desses Espíritos conforme nos contam os relatos de dois experientes Magos Goéticos brasileiros que trabalharam com essas técnicas.

Em 1992 Lon Milo Duquette e Christopher S. Hyatt publicaram outro petardo Goético, trata-se do “Goetia Ilustrada de Aleister Crowley”, obra ilustrada por David P. Wilson. O livro de Duquette apresenta os mesmos 72 espíritos e rituais complementares num âmbito mais thelêmico. As principais novidades foram os capítulos que tratam da natureza do Mal e de alguns aspectos mágico-sexuais que podem ser utilizados nas evocações. Outro ponto forte no livro são as experiências goéticas pessoais que os autores relatam.

Baseado no trabalho de Crowley e Mathers, Michael W. Ford publicou em 2003 o “Luciferian Goetia”. O livro pretende ser um guia prático do trabalho goético de forma Luciferiana, conforme as palavras do autor. Além das descrições tradicionais dos 72 Espíritos, Ford traz novos rituais e adaptações de algumas figuras originais, há também capítulos com definições preliminares de magia e de magia negra, questões sobre o Sagrado Anjo Guardião, elementos do ritual e evocação sexual.

Bem, essa pequena introdução serviu apenas para apresentar o tema, pois nosso escopo inicial daqui por diante será apresentar os Espíritos Goéticos e suas principais particularidades: no primeiro número trazemos um Rei, um Antigo Deus Eclipsado, Um Senhor do Sol, de Fertilidade, de Chuvas e Trovões... Apresentemos Vossa Majestade Bael...

Bael / Baal


  • 1° decanato de Áries
  • II de Paus
  • 21-30 Março
  • Planeta: Sol
  • Metal: Ouro
  • Perfume: Pimenta Negra


O primeiro espírito descrito na Clavícula de Salomão é o Rei Bael que governa 66 Legiões de Espíritos Infernais. Bael é um Rei no Leste e pode aparecer como um gato, como um sapo ou como um homem ou todos ao mesmo tempo. Sua voz é rouca e Ele pode tornar o Mago invisível.

Sua origem está nos antigos cultos dos povos semitas há mais de 3400 anos atrás. Seu nome é escrito em hebraico com as letras Lamed + Aleph + Beth e possui valor gemátrico igual a 33. A palavra podia significar Mestre, Senhor e Sol.

De certa forma seu culto esteve presente na Síria, na Pérsia e em Canaã, pois Baal era um nome comum para algumas divindades dessas regiões em determinadas épocas.

Sacrifícios humanos e prostituição mágica eram comuns em suas celebrações.

Em Canaã, Baal era o filho do Deus supremo EL e anualmente sua morte e ressurreição eram celebradas como parte dos rituais de fertilidade.

Na Síria Baal Hadad era o deus das tempestades e trovões. Baal Peor era adorado pelos moabitas em duas figuras: uma masculina como Deus Sol e uma Feminina como Deusa Lua. Baal Sapon era o nome do deus dos marinheiros em Canaã.

Conforme a Goetia esse é o selo que deve ser utilizado na sua evocação:


Louis Breton ilustrou Baal da seguinte forma:


Para saber mais recomendamos alguns livros mais abaixo, mas somente a experiência prática é que poderá demonstrar o que nenhum meio de comunicação pode, portanto, estudem e pratiquem...

Mais alguns passos e nos encontraremos num Abismo!

 Bibliografia de referência:

  • The Goetia – The Lesser Key of Solomon the King, de Samuel L. MacGregor Mathers editado e traduzido por Aleister Crowley, Weiser Books;
  • Aleister Crowley Illustred Goetia, de Lon Milo DuQuette e Christopher S. Hyatt PhD, New Falcon;
  • The Goetia – The Lesser Key of Solomon the King Luciferian Edition, Michael W. Ford;
  • Nightside of Eden, Kenneth Grant, Scoob Books;
  • Luciferian Hierarchy, Guido Wolther (não publicado oficialmente).





Diferenças entre Umbanda, Candomblé e Quimbanda


Diferenças entre Umbanda, Candomblé e Quimbanda

Candomblé, Quimbanda [ou Kimbanda], Umbanda: estas são as principais denominações entre as religiões afro-brasileiras. Alguns, negam a estas crenças o status de "religião": 1. porque não se enquadram na idéia de "religião oficial"; 2. porque são praticadas por minorias sociais. No Brasil, embora muito se fale do Candomblé e da Umbanda, os números oficiais, do IBGE, não deixam qualquer dúvida quanto a essa condição de minoria que é uma realidade das religiões afro-brasileiras.

No censo de 2000, em uma população que ultrapassa 160 milhões de habitantes, pouco mais de 525 mil pessoas se declararam adeptas do Candomblé e da Umbanda, embora outros tantos milhares de não-adeptos freqüentem terreiros e tendas como "clientes". Os dados também revelaram que existem mais Umbandistas que "candomblezistas"... [Umbanda: 397.431 ─ Candomblé: 127.582, em universo onde mulheres são a maioria... meditemos...]. Sobre os clientes, escreve Reginaldo Prandi:

"[O candomblé] ...como agência de serviços mágicos... oferece ao não-devoto a possibilidade de encontrar solução para problema não resolvido por outros meios, sem maiores envolvimentos com a religião. [O cliente é] ...consumidor de serviços mágicos que a religião oferece também aos não-devotos, sob pagamento... - [PRANDI, p 12]...

E sobre as religiões afro-brasileiras como minorias, comenta Prandi:

"Em 2001, Ricardo Mariano, analisando o crescimento evangélico, em sua tese de doutorado, fez uma descoberta sensacional. Descobriu que as religiões afro-brasileiras estavam perdendo fiéis... E apontou como razão o enfrentamento com as igrejas pentecostais [[os evangélicos, até porque os pastores se apropriaram de rituais do candomblé ou adaptaram esses  rituais como o descarrego, o banho com a rosa branca, os passes e juntaram tudo isso com o apelo à figura de Jesus Cristo!]. ...Pode-se ver que a perda de fiéis do conjunto afro-brasileiro se deve ao encolhimento da Umbanda. Como o pequeno crescimento do Candomblé não é suficiente para compensar as perdas umbandistas, o conjunto todo se mostra, agora, debilitado e declinante diante do avanço pentecostal." [PRANDI, p 17/18]

No imaginário popular, especialmente daqueles pouco informados sobre estas religiões, Candomblé, Kimbanda, Umbanda não "tudo a mesma coisa", "tudo macumba!", não reconhecendo cada uma como credo distinto, como se não houvesse diferença entre suas teologias, liturgias e origens históricas. Porém, o estudo, ainda que superficial revela que as três não se confundem; ao contrário, diferem significativamente em suas características essenciais e o único fato que têm em comum é a adoção de elementos da cultura religiosa afro-brasileira e, por brasileira, entenda-se catolicismo no molde português colonial.

Diferenças em Linha Gerais

Candomblé, Quimbanda e Umbanda distinguem-se:

1. pelas natureza das entidades cultuadas e/ou invocadas/evocadas;

2. pelos procedimentos do culto;

3. pelos elementos culturais componentes do sincretismo;

4. e, finalmente, pelo uso que se faz das forças metafísicas acionadas.

Considerando estes aspectos, notar-se-á, imediatamente, que o Candomblé difere da Quimbanda e da Umbanda de forma mais enfática enquanto Quimbanda e Umbanda são muito mais próximas.

No Candomblé, os cultuados, os Orixás [ou Orijás] são considerados deuses; na Quimbanda e na Umbanda, ainda que o culto também invoque e evoque Orixás, estes são considerados meros espíritos ancestrais mais antigos ao lado de numerosas outras entidades representativas de ancestrais mais modernos e/ou contemporâneos.

No Candomblé, os deuses, desde de sua origem em terras africanas, também são ancestrais porém sua antiguidade remonta a tempos imemoriais. São como os heróis e deuses gregos, grandes reis, guerreiros e personagens que viraram mitos, foram mitificados e, assim, alcançaram a condição de divindades.  O mesmo processo que originou o panteão greco-romano. Muito além da fantasia popular, os deuses gregos também foram personagens fundadores de Civilizações, de um tempo antediluviano, como Poseidon [ou Netuno] que, segundo a tradição relatada por Platão, em Crítias, foi o último rei Atlante da última grande ilha remanescente da lendária Atlântida.

Na Quimbanda e na Umbanda, os ancestrais são vistos como antepassados mesmo, pessoas mortas, homens e mulheres proeminentes e/ou sábios ou, ainda, perversos. São Espíritos que baixam no culto [evocação, sem incorporação] ou incorporam nas pessoas [invocação] a fim de atuar no mundo dos vivos.

A Umbanda reivindica propósitos sempre voltados para o bem, com um discurso claramente cristão. A Quimbanda, embora seus teóricos neguem, é fortemente associada à magia negra, aos trabalhos para o mal e, além de para espíritos humanos desencarnados, como na Umbanda, também se utiliza de seres não-humanos: larvas [criações da mente dos sacerdotes-magistas], demônios [Espíritos obcessores] e elementais.

Nas palavras do místico e escritor José Romero Romeiro Abrahão: "A Quimbanda é um culto mágico às Entidades malévolas, denominadas Exus, Quimbandeiros... Em geral, na Quimbanda só se trabalha para o mal de alguém ou então para submeter uma pessoa à vontade da outra". Morte Subita coloca a sua disposição uma série de artigos onde são descritas as particularidades de cada uma das três religiões afro-brasileiras.

Fonte: Morte Súbita Inc.

sábado, 25 de agosto de 2012

O Círculo Mágico




O Círculo Mágico

Todos os rituais precisam ser protegidos e por isso usamos o Círculo Mágico.
O Círculo Mágico é um círculo traçado com sal grosso ou com a varinha do sumo sacerdote.
São essenciais todos os rituais que forem feitos terem o círculo mágico.
Antes de tudo, deve-se ter em mente o que vai ser usado e qual o intuito de seu ritual.
Seja ele satanismo, cabalístico, thelemistico (se é que é assim que fala), seja ele Wiccano, seja o ritual que for, devemos sempre saber as nossas intenções.
Não à nenhum perigo em traçar o círculo mágico, antes de passar o círculo mágico, se não tiveres material para isso, trace ele exatamente como ensinado, mas imagine enquanto traça-o uma luz saindo e ficando no local, fique com esta luz o TEMPO TODO na cabeça, pois ela será sua energia  canalizada.
Como traçar um círculo mágico:

Pegue seu athame (se for na Wicca pode ser o Bolline) ou sua varinha mágica.
Antes de começar o ritual, esteja energizado, expulse tudo o que não for necessário para seu ritual e em seguida de vagar, faça um círculo com sal grosso grande o suficiente para TODOS DO RITUAL FICAREM DENTRO!
Enquanto traça o círculo diga:

Eu (diga seu nome) sou o grande dos grandes.
Sou aquele quem faz e quem desfaz, pelo poder da Deusa (ou Deus, diga o nome deles).
Em nome de (Diga o nome das entidades de proteção, as entidades maiores) eu protejo este local.
Sou aquele quem faz e desfaz, sou aquele quem tem o poder e o que bater em meu peito, se transformará em meu poder.
Em nome do Universo (ou submundo se for ritual negro) eu disperso todas as energias e espíritos deste local, que permaneça somente aquele que eu chamar.
(Diga agora o nome das entidades que vão ser trabalhadas)
Com meu (athame, bolline, varinha... diga o nome do objeto) eu agora abro caminho para que (diga o nome dos ritualistas) possam entrar em proteção.
*Depois que todos entrarem e você por ultimo, diga*.
Eu abro este círculo mágico em nome (diga o nome de seu Deus ou Deusa)
*Depois de fechado*
Eu como sumo sacerdote estou a cuidar deste ritual de (diga que tipo de ritual é, por exemplo, se for de banimento diga “de banimento”) e sei das consequências e o que terei de fazer se o círculo for rompido.
Sei que terei de cuidar e proteger a todos e que minhas entidades me ajudem nesta missão.
Que o ritual comece em nome de (nome de todos os invocados e ritualistas).
Que assim seja que assim se faça! (Se for ritual negro, ascenda com fogo o enxofre.).

Tenha em mente que se o círculo se quebrar, você será responsável por todas as pessoas presentes e que suas entidades irão lhe “castigar” pelo ocorrido.
Enquanto o círculo permanecer, faça o seu ritual tranquilamente, pois se algo tentar interferir, suas entidades de fora irá proteger a todos.
Mantenha sempre o seu poder longe de preocupações e receio de que o círculo se quebre.
Se acontecer do círculo for rompido, continue seu ritual sem interferência e aguente os poderes.

Ao acabar seu ritual repita as mesmas coisas ditas quando você foi fechar só que agora você troca o “fechar” por “abrir” e o “chamar” para “despedir.”.
“Como assim?”
O que antes era um Oi, agora é um Tchau.

Lembre-se sempre: Não deixe que o sal grosso fique com falha por exempli-> ____     ______
Recomendo que se for traçar com sal grosso, imagine o círculo em luz, em energia, pois esta não pode se quebrar.

Bom ritual.

Éris

Éris

A Sociedade de Discordiana, de acordo com ela própria "uma tribo de filósofos, teólogos, mágicos, cientistas, artistas, palhaços, e os maníacos semelhantes que estão ligados com A DEUSA ÉRIS DA CONFUSÃO e com seus feitos." dela foi popularizada a existência da Sociedade de Discordiana primeiro por Robert Anton Wilson & o Robert Shea em sua trilogia 'Illuinatus!', e também por Malaclypse O Mais Jovem que parte dos princípios básicos da Religião Discordiana para escrever 'Principia Discordia- uma religião que se baseia na Deusa grega, Éris.
Tradicionalmente, Éris era uma filha de Nox (noite) e esposa de Chronus. Ela era vista como uma Deusa briguenta, Distraida, Faminta, Contagiante, Combativa, Vingativa, Assassina, Mentirosa e de hábitos infantis! Os gregos antigos atribuíram qualquer tipo de transtorno ou discórdia à ela. Com o fim dos impérios antigos, Eris desapareceu, entretanto ‚ suspeita-se que ela teve uma mão na manifestação das primeiras burocracias, repúblicas e companhias de seguro.
Ela não apareceu novamente na astronave Gaia até os recentes anos 50, quando ela apareceu para dois jovens californianos que depois ficaram conhecidos como Omar Ravenhurst e Malaclypse, O mais Jovem. Éris os designou como os "Messias do Cao Sagrado" e lhes deu a seguinte mensagem : "Digam a humanidade que não há regras ao menos que eles escolham inventar regras." Depois disso Omar e Mal nomearam um ao outro como Papa de sua própria loucura, e fundaram a Sociedade da Discórdia.
Grande Pope: Eris é real?
Malaclypse: Tudo é real.
GP: Até as coisas falsas?
Mal: Até mesmo as coisas falsas.
GP: Como pode ser isso?
Mal: Não faço idéia cara! Não fui eu que inventei isso.
Éris então escalou das notas de rodapé dos livros de mitologia para uma posição de Deusa mítica super star, e o Movimento Discordiano, se pode ser dito que tal coisa existe, está crescendo em ambos os lados do Atlântico, ajudado pela tática Discordiana de declarar que todo o mundo é um Papa. Mais as pessoas ainda estão começando a aceitar a idéia de uma religião baseada na celebração da confusão e da loucura.
O mito grego central é que Éris figura própria da novela eterna do "Monte Olimpo - Casa dos Deuses'; foi a principal responsável pelo capítulo que inadvertidamente provocou a Guerra de Tróia. Parece que Zeus estava dando uma festa e não quis convidar Éris devido á sua reputação de encrenqueira. Ironicamente isso a deixou ainda mais furiosa, por ser tratada tão friamente, Éris criou uma incrível maçã dourada onde havia escrito em relevo a palavra Kallisti, ("Para a mais bela") e lançou isto no corredor onde todos os convidados viram. Três das Deusas convidadas, Athena, Hera, e Afrodite, reivindicaram a maça para si e começaram a brigar e atirar comida uma na outra. Para resolver a disputa, Zeus ordenou todas as três a se submeterem ao juízo de um mortal que julgaria quem era "A mais bela", e disse que o mortal era Páris, filho do Rei de Tróia. Zeus enviou todas as três para Paris, por Hermes, mas cada Deusa tentou burlar as outras indo mais cedo e furtivamente oferecendo um suborno para Paris.
Athena ofereceu vitória de Paris em suas batalha, Hera, grande riqueza, enquanto Afrodite 'suavemente soltando seu cabelo que estava amarrado' ofereceu a mulher mais bela entre as mortais. Assim, Afrodite ganhou a maçã, e Paris e Helena se apaixonaram o que aconteceu foi que infelizmente ela era casada com Menelaus, o Rei de Sparta. Graças a … intromissão de Athena e Hera, aconteceu então a guerra de Troia como contada pela história vulgar.
Hoje em dia, em nossa idade mais caos-positiva, Éris está um pouco mudada, e Discordianos modernos a associam com todas as intrusões 'estranhas' em suas vidas , ou com as bizarras sincronicidades e coincidências que repentinamente se manifestam no cotidiano, flashs criativos de inspiração inusitada e festas selvagens. Eventualmente ela ainda fica puta de raiva com alguém… mas quem não fica?

De: Morte Súbta Inc.

Wicca


Wicca

1- Início Da Bruxaria

O Início Da Bruxaria

Muitos imaginam as bruxas como feiticeiras velhas e feias voando em cabos de vassouras ou atuando em ritos obscenos, integrantes de um culto maluco, basicamente preocupadas em amaldiçoar os seus inimigos através da perfuração de imagens de cera com alfinetes e carentes dos propósitos de uma verdadeira religião.
Mas a Feitiçaria é uma religião, talvez a mais antiga religião existente no Ocidente, nasceu há cerca de mais de 35 mil anos atrás.
A Feitiçaria retira seus ensinamentos da Natureza e inspira-se nos movimentos do sol, da lua e das estrelas, no vôo dos pássaros, no lento crescimento das árvores e nos ciclos das estações.
Acredita-se que o homem começou a honrar a sua terra-mãe que lhe provia o sustento, isto na época de um resfriamento na crosta terrestre. Há muitos anos, nos primórdios da humanidade, grupos de caçadores seguiam as renas lépidas e os imprevisíveis bisões. Eles estavam armados, somente, com as mais primitivas armas, mas alguns entre os clãs eram especialmente dotados, "convocavam" as manadas até armadilha, onde alguns animais deixavam-se capturar. Estes xamãs dotados entravam em harmonia com os espíritos dos rebanhos e, ao fazê-lo, percebiam o ritmo vibrante que inspira toda a vida, a dança da espiral dupla, o remoinho para dentro e para fora do ser. Eles não exprimiam essa intuição intelectualmente, mas por imagens: a Deusa Mãe, aquela que dava à luz, que trazia para a existência toda a vida, e o Deus Galhudo, caça e caçador. Os xamãs vestiam-se com as peles e chifres em identificação com o Deus e suas manadas; as sacerdotisas atuavam nuas, incorporando a fertilidade da Deusa.
A vida e a morte eram um fluxo contínuo; os mortos eram enterrados como se estivessem adormecidos em um útero, cercados por suas ferramentas e ornamentos a fim de que pudessem despertar para uma nova vida. Nas cavernas dos Alpes, crânios de grandes ursos eram fixados em nichos, onde liam os oráculos para guiar os clãs na caça. No Ocidente, nos templos das grandes grutas do sul da França e da Espanha, os seus ritos eram realizados dentro dos úteros secretos da terra, onde as grandes forças antagônicas eram pintadas sob forma de bisões e cavalos, superpostos, emergindo das paredes da caverna como espíritos em um sonho. Em lagoas nas planícies, renas - suas barrigas cheias de pedras que encarnavam os espíritos dos cervos - eram imensas nas águas do útero da Mãe a fim de que as vítimas da caçada renascessem.
A dança espiral também era vista do céu: na lua, que mensalmente morre e renasce; no sol, cuja luz traz o calor do verão e, quando esta se vai, o frio do inverno. Registros da passagem da lua eram marcados em ossos e a deusa era mostrada a segurar o chifre do bisão, que também é a lua crescente.
Quando a terra começou a se aquecer novamente, alguns grupos se deslocaram para outras regiões, enquanto outros fixaram-se. Aqueles que possuíam poder interior aprenderam que estes aumentavam quando as pessoas trabalhavam juntas. À medida que os povoados isolados transformaram-se em vilas, xamãs e sacerdotisas uniram suas forças e compartilharam os seus conhecimentos. Os primeiros covens foram organizados. Profundamente sintonizados com a vida animal e vegetal, domesticaram a região onde anteriormente haviam praticado a caça, criaram carneiros, cabras, gado e porcos, a partir de seus primos selvagens. As sementes não eram somente coletadas; elas eram plantadas, para crescerem no local do assentamento. O Caçador tornou-se o Senhor dos Grãos, sacrificados quando da colheita no Outono, enterrados no útero da Deusa para renascer na primavera. A Senhora das Coisas Selvagens tornou-se a Mãe da Cevada e os ciclos da lua e do Sol determinavam as épocas para semear e colher e soltar os animais no pasto.
Descobriu-se que certas pedras aumentavam o fluxo de energia. Eram colocadas em pontos adequados em grandes fileiras e círculos que marcavam os ciclos do tempo. O ano tornou-se uma grande rosa dividida em oito partes: os solstícios e equinócios e, nos quadrantes entre estes, os dias onde grandes festas aconteciam e fogueiras eram acesas. A cada ritual, a cada raio de sol e da lua que atingiam as pedras nos períodos de energia, a força aumentava. Elas se tornaram grandes reservatórios de energia sutil, portais entre os mundos do visível e invisível. No interior dos círculos, ao lado dos menires e dólmenes e galerias escavadas, as sacerdotisas penetravam nos segredos do tempo e na estrutura oculta do cosmo.

2-Tempos Ardentes ou "Burning Times"

Tempos Ardentes ou "Burning Times"

Época das perseguições religiosas. Na idade média, o cristianismo, religião anteriormente quase desconhecida, atinge seu maior número de adeptos. A força da Igreja tornou-se soberana em quase toda Europa.

No intuíto de tornar a religião cristã uma religião universal e ampliar o poder da Igreja por interesses puramente econômicos, começaram as perseguições aos adeptos da antiga religião, culminando com tortura e morte de muitos inocentes. A sociedade começou a se fundamentar em um alicerce cristão, porém deturpado por interesses diversos, sendo criada a carta "Maleolus Malleficarum" (martelo das bruxas) estipulando condutas típicas que caracterizariam uma pessoa como "bruxo", e quem fosse considerado tal, seria condenado. O simples ato de se despir para se banhar em um lago isolado, um simples olhar de um rapaz "flertando" com uma moça ou de usar ervas (infusões, chás) para o tratamento de enfermidades, eram suficientes para acusar uma pessoa de bruxaria...
Esta era foi conhecida como tempos ardentes, onde os acusados (sempre confessos mediante tortura) eram freqüentemente queimados vivos nas fogueiras. Isto serviu de exemplo para os que ainda não eram convertidos ao cristianismo.

Os cultos à Deusa e ao Deus eram realizados em locais afastados das cidades, em subterrâneos ou em locais de encontro que se alternavam no intento de não despertar a atenção dos caçadores de bruxas.
Muitos anos após, alguns grupos praticantes da Antiga Religião com prestígio dentro da sociedade despertaram sua conciência com as perseguições e começaram a tomar certas atitudes, influenciando altos juizes em várias porções da Europa. São vários os fatos que contribuiram para o fim das perseguições.

3-Histórico

Histórico

Início do Século 9: Difundiu-se uma crença popular que feiticeiros e bruxos malígnos exisiam. Eram vistos como pessoas demoníacas, principalmente as mulheres, que dedicam suas vidas a prejudicar e matar pessoas através de feitiçaria e pactos demoníacos. A Igreja Católica da época oficialmente afirmava que tais bruxos não existiam. Era uma heresia dizer que eles eram reais. "Por exemplo, no século 5o., o Conselho eclesiástico de St. Patrick estabeleceu que 'Um Cristão que acreditasse em vampiros, era o mesmo que declarar-se bruxo, confesso ao demonio; a lei dizia que pessoas com crenças não poderiam ser aceitas pela Igreja a menos que revogue com suas palavras o crime que cometeu.' Um capitólio da Saxônia (775-790) proclamou estes esteriótipos da crença pagã: 'Se alguém, devoto do Demônio, seguindo as crenças Pagãs, qualquer homem ou mulher considerado um bruxo, que por sua vez come carne humana, deverá ser queimado na fogueira [bruxo confesso]... devendo assim receber a pena capital."
906: Regino de Prum, O ábade das Trevas, escreve o "Canon Episcopi". Ele reforçava a crença da Igreja de que os bruxos não existiam. Ele afirmava que algumas mulheres desonestas e confusas podiam voar pelo ar com a Deusa pagã Diana. Embora isto não acontecesse na realidade; Isto era visto como uma forma de alucinação.
975: Penalidades para bruxaria e uso de curas mágicas tornam-se severas. O contricionário Inglês de Egbert preconizava (em parte...): "se uma mulher realiza bruxaria , encantamentos e [usa] filtros mágicos, ela deverá se abster de comida por vinte meses.... se matar alguém com seus filtros, ela se absterá por sete anos.". A Abstenção consistia apenas de pão e água.
1140: Gratian, um monge italiano, incorporou a Canon Episcopi na lei canônica.
1203: O movimento Cathar, um grupo de Cristãos Gnósticos, tornou-se popular na região de Orleans, França e na Itália. Eles foram declarados Hereges pela Igreja. O papa Inocencio III aprovou uma guerra genocida contra os Cathars. O último Catar que se tem noticia foi queimado na estaca em 1321.
1227: O Papa Gregorio IX propôs a Corte de Inquisição para prender, confessar e executar hereges.
1252: O Papa Inocencio III autorizou o uso da torura durante o processo de inquisição.
1258: O Papa Alexandre IV restringiu a inquisição a manter suas investigações à casos de heresia. Não investigaram crença em feitiçaria a menos que hereges estivessem envolvidos.
1265: O Papa Clemente IV reafirma o uso da tortura.
1326: A Igreja autoriza a inquisição para investigar casos de bruxaria. Sua maior contribuição foi o desenvolvimento da "demonologia," a teoria da origem diabólica da bruxaria e estudo dos demônios.
1330: Aumentou a crença popular que bruxos e feiticeiros malignos são aliados de Satã, tinham relações sexuais com o demônio, raptavam e comiam crianças, etc.
1347 a 1349: A epidemia de peste negra dizimou uma porçao considerável da população Européia.
1430: Teólogos Cristãos começaram a escrever livros que "provavam" a existência dos bruxos.
1450: A primeira Grande caçada aos bruxos iniciou na Europa. A Igreja Criou uma imaginária religião do Demônio, utilizando esteriótipos que circulavam desde as eras pré-cristãs. Eles afirmavam que os pagãos que cultuavam Diana e outros Deuses e Deusas eram bruxos maus que raptavam bebês, matavam e comiam suas vítimas, vendiam suas almas à satã, faziam pacto com o demônio, voavam pelo ar, realizavam encontros secretos à noite, causavam impotência e infertilidade às pessoas, etc. Historiadores afirmavam que estes genocídios reliogicamente incitados foram motivados pelo desejo da Igreja em obter maior número de adeptos (monopólio exclusivo), ou ainda como "uma ferramenta de repressão, uma forma de guiar a massa para outras divindades superiores, um joguete contra mulheres (eram desprezadas), ou um modo para pessoas comuns de surrupiar colheitas pagãs, gado ou justificar morte de bebês e crianças." Walter Stephens, um professor da Johns Hopkins University, propõem uma nova teoria: "Acho que os bruxos eram "bodes espiatórios" de Deus." E ainda, o modo de explicar o mal no mundo era atribuir a causa a bruxos e demônios.
1450: Johann Gutenberg inventou a imprensa, facilitando a propagação das leis da Igreja e aumentando a insatisfação popular à imagem dos bruxos; isto facilitou em muito a caçada às bruxas.
1474: O Papa Inocencio VIII publicou um bula papal condenando bruxos.
1480: Thomas de Brabant escreve o livro "Formicarius", que descreve a prossecução de um homem por bruxaria. Cópias deste livro foram anexadas ao Malleus Maleficarum anos mais tarde.
1486-1487: Inqusidores (Heinrich Kraemer) e Jacob Sprenger publicam o Malleus Maleficarum (O martelo das bruxas). Este é um fascinante estudo destes autores que odiavam mulheres. Ele descreve as práticas e condutas típicas para os bruxos, e métodos para obter confissão, sendo posteriormente abandonado pela Igreja. Entretanto este tornou-se a "biblia" destas cortes seculares que condenavam bruxos.
1500: Durante o 14th século, constatou-se 38 acusações contra bruxos e feiticeiros na Inglaterra, 95 na França e 80 na Alemanha. A caça aos bruxos foi acelerada. "Pela escolha de conceder suas almas à práticas demoníacas teriam cometido crimes contra o homem e contra Deus. a gravidade deste duplo crime denominado a bruxaria como um crime excepcional, permitindo a suspensão de seus direitos de modo a punir por sua culpa." Testemunhos de crianças foram aceitos. A tortura largamente foi utilizada com a finalidade obter confissões. A falta de consistência nas confissões também foi aceita como prova de culpa.
1517: Martin Luther fixou suas 95 teorias na porta da Catedral de Wittenburg, Alemanha. Isto instigou a reforma Protestante. Nos Países Católicos, as cortes continuavam a queimar bruxos. Em Protestantes, eles eram enforcados. Alguns países protestantes não admitiam a tortura.
1550 a 1650: Perseguições alcançaram seu pico nesta década. Estes foram chamados de "TEMPOS ARDENTES." Foram muito concentrados no leste França, Alemanha e Suiça. As perseguições ocorreram com maior frequência em locais onde haviam conflitos entre Católicos and Protestantes. Ao contrário da opinião pública, os bruxos suspeitos foram perseguidos pelas cortes -- especialmente àqueles envolvidos feitiçaria malígna. somente uma minoria respondia às autoridades da Igreja.
1563: Johann Weyer (b. 1515) publica um livro que agride as crenças pagãs. Chamado de "De Praestigiis Daemonum" (Queda das almas), preconizava a não existência dos bruxos, mas que Satan forçava que eles o seguissem. Ele rejeitava as confissões obtidas sobre tortura e violência. Ele recomendava tratamento médico ao invés de Tortura e execução .
1580: Jean Bodin escreve "De la Demonomanie des Sorciers". Ele afirmava que era necessário punir os bruxos. Nenhum bruxo acusado deveria ser liberto se tivesse evidencia que ela seria culpada. Se o inquisidor esperasse por evidências concretas, nenhum bruxo seria preso, acreditavam eles.
1584: Reginald Scot publicou um livro que estava à frente de seu tempo. In Discoverie of Witchcraft, ele afirmava que os poderes sobrenaturais não existiam. E mais: que as bruxas não existiam.
1608: Francesco Maria Guazzo publica o "Compendium Maleficarum." Este discute pactos entre bruxos e satã, a magia que os pagão utilizam para prejudicar pessoas, etc.
1609: Pânico contra bruxos na região Basca, Espanha. La Suprema, o corpo governamental da Inquisição espanhola, reconheceu o acontecido e publicou o Edital de Silência que proíbia a discussão sobre bruxaria. O pânico da população desapareceu.
1610: Cessa a perseguição aos bruxos na Holanda, provavelmente devido ao livro de Weyer, 1563.
1616: Uma segunda perseguição às bruxas foi em Vizcaya. Novamente um Edital de Silêncio foi publicado pelo Tribunal de Inquisição. Entretanto o rei aboliu o edital e 300 bruxos confessos foram queimados vivos.
1631: Friedrich Spee von Langenfield, um sacerdote jesuíta, escreve "Cautio criminalis". Ele condena as caçadas à bruxos e perseguições em Wurzburg, Alemanha. Ele diz que o prisioneiro é confesso somente devido à torturas e não define a realidade.
1684: Foi executado na Inglaterra o último acusado de bruxaria.
1690's: Cerca de 25 pessoas morreram durante à louca caçada aos bruxos em Salem, MA: um deles foi pisoteado devido a ele não entrar em processo de confissão; alguns morreram nas prisões, o restante foi enforcado. Não houveram novas perseguições na nova Inglaterra
1745: França cessa a execução de Bruxos.
1775: Alemanha cessa a execução de Bruxos.
1782: Suiça cessa a execução de Bruxos.
1792: A Polônia cessa a execução de Bruxos; O último país da Europa que a realizava.
1830: A Igreja finda a perseguição aos bruxos na America do Sul.


4-WICCA

 WICCA

A Wicca é uma religião pagã, mas não a única. Existiram e existem várias outras além dela, com credo e filosofia não necessariamente igual. As Religiões pagãs são todas aquelas que divinizam a Natureza e o Ser Vivo. As formas de celebração, e consagração do divino, porém, são diferentes de uma para a outra.
Tenha em mente que a wicca é uma religião nova e consolidada à partir dos ensinamentos da Antiga Arte. Muitos dos ensinamentos foram preservados, enquanto outros tiveram de ser adaptados à nossa época.
Um coven (fraternidade, grupo destinado a estudar e praticar a wicca) é formado por 13 pessoas. Este possui um significado muito maior que apenas um bando de malucos vestidos de preto. Os laços de um coven são tão ou mais fortes do que os laços familiares. Nenhum coven sério se prestaria a "abrir vagas" para qualquer um. Para você ser aceito em um deles, será necessário que se crie um laço de amizade com os participantes.
Não procure um mestre. Estude sozinho, dedique-se, e procure manter contato com pagãos, não para vampirizar seu conhecimento, mas para trocar informações. Quando você estiver pronto, o mestre encontrará você. (isso caso você realmente necessite de um)
Antigamente a doutrina era passada de mãe para filha e muito era aprendido com a experiência do erro. A Tradição de Familia ainda esta presente em nossa sociedade. Aliás, a título de curiosidade, se não fossem as Tradições da Familia, hoje a Wicca não existiria, visto que foram estas tradições que conseguiram manter nossa Arte viva através dos tempos e das adversidades.

5-As Várias Tradições da WICCA

As Várias Tradições da WICCA

1. Wicca Garderiana
Gerald B. Gardner foi o 'criador', de quase todas tradições Neo-Wiccans. Ele foi iniciado em um coven de bruxas na região de New Forest, Inglaterra em 1939 por um sacerdotisa chamada de 'A velha Dorothy' Clutterbuck. Em 1949 ele escreveu a novela [*High Magic's Aid*] sobre bruxaria medieval e como era praticada na época. Em 1951 a última lei inglesa contra bruxaria foi revogada (inicialmente devido à pressão de espiritualistas) e assim Gardner publicou *Witchcraft Today*, uma versão dos rituais e tradições do seu coven.
O termo "Gardnerismo" relaciona-se à uma tradição e também a uma "família", assim como a linhagem refere-se à àrvore de familia. Gerald afirma: "A Sacerdotisa regia o coven, e principios de amor e verdade presidiam. Seguiamos nossos manuscritos mais cuidadosamente que outros covens, entretanto eramos livres e muitas vezes improvisávamos.".
A Wicca Gardneriana pode traçar sua linhagem matriarcal em retorno à alta sacerdotisa que trabalhava com Gerald. Isto vale para todas as Gardnerianas Norte Americanas, isto significa que sua última HPS foi, Monique Wilson. Monique foi iniciada por Bucklands e Rosemary Buckland iniciada por Theas, não obstante, a terceira na linhagem de Rosemary passou a iniciar outros - este é o motivo dela ter sido chamada de 'Rainha da bruxaria Americana'".
Cada coven de Wicca Gardneriana é autonomo e regido por uma alta sacerdotisa dirige-se a sua "rainha" (a alta sacerdotisa que a treinou) para conselhos e condutas. Isto serve para continuar a linhagem e criar "mestres" e líderes capacitados, preservando a tradição orginal.
A Reincarnação e os presceitos da Wiccan Rede [Não prejudicando ninguém, siga seu copração] são as doutrinas básdicas da tradição. Os Covens encontram-se compostos por ambos os sexos intentando-se mater o equílibrio. A maioria dos trabalhos são criados com a interação entre o "Lord" e a " Lady" como representado pelos pares de integrantes no coven durante a dança, etc
*Assim como muitas das tradições Wiccan, a Gardneriana possui tres graus. Uma Gardneriana Norte Americana deverá estar no terceiro grau antes de se tornar uma Alta sacerdotisa (HPS). A HPS/HP(alto sacerdote) são os responsáveis por conduzir os trabalhos (circulos), treinar os menbros do coven assim como passar e presevar a tradição Gardneriana.
Existem muitas perguntas a respeito do Gardnerianismo a respeito de seus rituais, em especial aos que aparecem em impressos. É verdade que a maioria do material publicado por gardner era oriundo de seu coven. Entretanto a maioria deles advinha da época em que ele foi iniciado, no entanto Gerald fez grandes mudanças. Dentre as fontes literárias para a publicação do " Book of Shadows " (Grimoire) incluem Blake, Kipling, Yeats e Crowley. Muitas das bibliografias foram escritas por Doreen Valiente, uma membra da tradição que posteriormente fundou sua propria.
Existem muitas bibliografias escritas que relatam de forma correta o Gardenianismo, entretanto existem segredos que são passados somente a membros do coven, de geração a geração. Quantos Gardenianos são necessários para trocar uma lâmpada? Isto é um segredo! Para ter uma idéia de seus mistérios, sua alta sacerdotisa normalmente é chamada 'Senhora' e da mesma forma o alto sacerdote, "Senhor ".

2. Wicca Alexandrina
A Tradição Alexandrina é muito parecida com a Gardneriana, com pouquissimas diferenças (uma das mais obvias é que a Alexandrina usa o athame como símbolo do elemento fogo e a varinha para o ar), a maioria dos rituais seguiam todas as formalidades. É uma tradição polarizada e enfatizava-se o masculino e feminino. Assim como os Gardnerianos, a sacerdotisa é encarada como a mais alta autoridade.
A Wicca Alexandrina foi criada por Alex Sanders (com sua esposa Maxine) que afirma ter sido iniciado por sua avó em 1933. Dentre seus principais componentes podemos citar Janet e Stewart Fararr, escritores cujos livros se tornaram muito conhecidos, não exclusivamente sobre a tradição Alexandrina. Ao contrário do que muitos acreditavam o termo Alexandrina não se referia à Alex Sanders, mas à antiga Alexandria.
A Wicca Alexandrina é mais eclética e liberal. Algumas das rígidas práticas Gardnerianas, tais como rituais nús, tem sido feitos opcionalmente na Wicca Alexandrina .
Mary Nesnick, uma americana iniciadanas tradições Gardneriana e Alexandrina fundou uma nova 'tradição chamada Algard, unindo particularidades de ambas tradições devido às similaridades entre ambas.



3. Wicca Diânica
*A Arte Dianica Craft inclui duas correntes distintas:
*1. Um dos Ramos, fundado no Texas por Morgan McFarland e Mark Roberts, oferece maior importancia à Deusa em sua religião, mas também honra o Deus cornífero como seu amado consorte. Os covens são mistos (homens e mulheres). Esta ramificação também é conhecida como 'Old Dianica', e ainda existem covens que seguem esta tradição, especialmente no Texas.
*2. Outro ramo, algumas vezes chamado de Bruxaria Diânica feminista, enfoca exclusivamente a Deusa e são formados por grupos exclusivamente de mulheres. São muito bem estruturados e não hierarquicos com o uso do consenso - tornando os rituais mais simples, criativo e experimentais. São grupos politicamente feministas, importam-se com os aspectos individuais e são emotivamente inflamados. Existe uma forte presença de Lesbicas, no entanto o coven é aberto a todos, inclusive heterosexuais.

4. Wicca Celta (Igreja Wicca)
A Igreja Wicca foi fundada por Gavin e Yvonne Frost. Eles iniciaram com o ensino de sua nova tradição por correspondência, que foi chamado por muitos como Wicca Celta. Só recentemente adotou o culto à Deusa na sua extrutura de Deidades e a tradição patriarcal Wiccan. Esta auto-denominou-se "Wicca Batista "
*Os Frosts chamaram sua tradição de Wicca Celta. Parece mais uma mistura de Alta magia com uma Wicca eclética, e mais a inserção da cultura Celta. No entanto, eles utilizam tres círculos, um dentro dos outros, feitos de sal, enxofre e ervas com runas e simbolos entre eles ao invés de um único círculo. Eles preconizam o uso do athame com cabo branco e não utilizam o negro, como em outras tradições.

5. Wicca Georgianaa
Podemos definir esta tradição com uma única palavra:"ecléctica". Embora os estudos se baseassem na wicca Alexandrina, nunca foram seguidos cegamente todos os princípios. George Patterson (fundador desta tradição) sempre dizia: "se funcionar, use-o, caso contrário, não".

6. Discordianismo (Erisian)
Trata-se de um movimento não religioso and has claimed 'Na revelação Erisian não é dificil de caracterizá-la como uma nova religião, entretanto uma nova religião possui esta característica" Ela começa com *'O "Principia Discordia" que permite nos fazer refletir: como eu encontro a Deusa e o que eu farei quando a encontrar?'*, muitos artigos foram compilados por Greg Hill (Malaclypse ). O tema central é: 'O Caos tem um pouco mais de mais importância que a ordem' como no texto "The curse of Greyface":
*O humor é o ponto central do Discordianismo, entretanto o Discordianismo não deve ser encarado como uma brincadeira. Profundas meditações efluiram no Erisinaismo. Destas reflexões pudemos ver que o caos é tão importante quanto a ordem, sem ele não haveria a ordem e vice e versa. Ele libera a mente do praticante a refletir sobre este jogo de palavras. Muitos jovens seguiram o discordianismo em busca de uma evolução espiritual, embora trilharam um caminho inverso.

6-Os Ritos Mágico da Wicca

Os Ritos Mágico-Religiosos da Wicca
OS ESBÁS
Os esbás são os rituais que seguem o curso da lua e da Deusa. Portanto, devem ser sempre observados pelo wiccan. O esbá deve ser feito na primeira noite de lua cheia – o plenilúnio – momento em que a Deusa se mostra a nós na sua face de Mãe, a Grande Deusa, Criadora de Tudo.
Resumidamente, o esbá ocorre da seguinte forma: e traçado o círculo mágico, em que o wiccan demarca a área no qual o ritual se dará, formando uma barreira entre esse local e o resto do ambiente, de modo a afastar energias perniciosas e conter o Poder dentro dele. Após traçar o círculo, segue-se a invocação dos guardiões. Então, invocam-se a Deusa e o Deus (ou apenas a Deusa, se o wiccan preferir trabalhar apenas com Ela).
Após a invocação acontece algum ritual de adoração dos Deuses, para que se entre em comunhão com eles. Então, vem a hora de se trabalhar a magia, se necessário. É a hora de se fazer os feitiços que o wiccan estiver precisando fazer.
Depois disso, se realiza o Grande Rito e então é a hora do Bolos e Vinhos. É a parte em que se consagra o pão e o vinho para depois consumi-los. Um pouco do pão e do vinho sempre é jogado no chão (ou no caldeirão, caso o ritual se dê em ambiente fechado) em oferenda aos Deuses. Se o ritual for em grupo, essa é a hora da confraternização entre os participantes, a hora da descontração e da conversa.
Após o Bolos e Vinhos, é a hora de se concluir o ritual. Primeiro se agradece aos Deuses pela Sua e depois os guardiões são dispensados. Então se abre o círculo, para que a sua energia volte ao Infinito e não permaneça no local. O esbá está concluído.
Os esbás da lua cheia são obrigatórios. Todo wiccan deve observá-lo. Opcionalmente, pode-se também observar os esbás da lua negra, dedicados à Deusa Negra. Alguns também celebram os sabás da lua crescente e da minguante. Cada fase da lua tem a sua finalidade. E cada feitiço tem a sua fase da lua certa para ser realizado com sucesso.
Apresentei aqui um modo bem básico de se fazer um esbá. Mas o modo de fazê-lo varia muito de tradição para tradição da Wicca (mais pra frente veremos o que é uma tradição) e de wiccan para wiccan. Não há regra específica. Mais do que a regra, a intuição e o bom-senso é que são valorizados.
OS SABÁS – A RODA DO ANO
A Roda do Ano ( Hemisfério Sul) A Roda do Ano representa o sagrado círculo onde a Deusa virgem concebe seu filho, o vê crescer, se apaixona por ele, até que a morte leve-o a Terra da Juventude Eterna, para novamente renascer. Muitas pessoas tem dificuldade de aceitar que o deus morra, por não entenderem que ele realmente é Eterno - tão eterno quando a natureza. Ele sacrifica-se para dar continuidade a própria vida, fechando o Sagrado Círculo - Criação, crescimento, apogeu e declínio. A Destruição do velho revigora a força Natural, pois este é substituído pelo novo. Essa Roda é marcada por oito Sabbaths:.
Os sabás são datas muito importantes de serem observadas. Eles representam o deslocamento da Terra em relação ao Sol, a mudança das estações climáticas e o ciclo de vida, morte e renascimento do Deus Cornífero. São oito sabás: quatro menores (solstícios e equinócios) e quatro maiores (datas intermediárias entre os solstícios e equinócios). O sabás menores são: Yule, Ostara, Litha e Mabon. E os sabás maiores são: Imbolc, Beltane, Lughnasadh (também chamado de Lammas) e Samhaim.
Cada sabá tem o seu jeito próprio de ser realizado. E um mesmo sabá pode ser realizado de diversas formas diferentes. Assim como para os esbás, não há regra que governe esses ritos.
Há uma questão importante a ser discutida sobre esse assunto. Desde que os sabás seguem o ciclo das estações, o mais óbvio seria que as datas dos sabás do hemisfério norte e do hemisfério sul fossem invertidas. Assim, enquanto no norte se estaria comemorando o equinócio de primavera (Ostara), aqui no sul se estaria comemorando o equinócio de outono (Mabon).
Porém, nem sempre se faz assim. Há wiccans que preferem não inverter as datas e comemorar, por exemplo, o equinócio de primavera em pleno outono. À primeira vista parece absurdo, mas há uma explicação. Ao se celebrar pelo norte, está-se conectando à egrégora que os festivais do norte foram. É uma egrégora antiquíssima e, por isso, muito forte. Além disso, realizamos os sabás dentro do círculo mágico, ou seja, no "entremundos". Desde que dentro do círculo estamos além dos limites de tempo e espaço, pode-se comemorar o equinócio de primavera no outono sem problemas.
Há também aqueles que simplesmente não se sentem à vontade com isso e preferem inverter as datas. Esses, ao invés de se conectar à egrégora nortista, preferem se ligar às energias telúricas da terra, comemorando determinado sabá perfeitamente alinhado com a estação do ano. Essa é mais uma questão que deve ser resolvida por cada wiccan. Se o wiccan é mais ritualístico e prefere se ligar a egrégora nortista, que comemore pelo norte. Se é um wiccan mais telúrico, então vai se dar melhor comemorando pelo sul.
Os nortistas normalmente também usam o argumento de que as estações no Brasil não são tão bem marcadas como no norte e, por isso, não tem muita importância celebrarmos os sabás em desacordo com as estações. Realmente em certas regiões do Brasil as estações não são tão bem marcadas, mas é sempre possível se notar os sinais de determinada estação na Natureza.
Agora irei apresentar sucintamente o significado de cada sabá:
Yule
Sua comemoração acontece por volta do dia 21 de junho. Nesse período a Deusa da a luz a seu filho e amante, o Deus Cornífero. Yule é um tempo de grande escuridão, da mais longa noite do ano, quando o inverno se estabelece. Entre os antigos povos primitivos, era o dia em que imploravam que o inverno não fosse por demais rigoroso e que as forças da natureza estivessem sempre ao seu lado. Como o Deus Cornífero também é o Sol, Yule marca o renascimento desse astro dentro da Roda do Ano. No período de Yule, devemos ornamentar nosso altar com um azevinho, folhas de figueira ou cipreste e manter velas acesas simbolizando o retorno da luz do Sol. Esse é o tempo da realização de feitiços e preparação de amuletos voltados para a proteção. Em Yule, honramos a Deusa no seu aspecto divino e eterno de Mãe, sendo o Deus sua criança divina, o novo ano solar.
Imbolc
Celebrado por volta do dia 31 de julho ou 1 de agosto. Imbolc marca o restabelecimento da Deusa após ter dado à luz ao seu filho Deus. Ela é acordada, então, pela luz dos dias, que se tornam gradativamente mais longos. Seu filho já não é mais um bebê, tendo se tornado um jovem sedutor, e seu poder é sentido no morno calor dos dias, agora um pouco mais compridos. Esse calor fertiliza a Terra, ou seja, a Deusa, e proporciona ao longo do período a germinação das sementes. É o sabbath dedicado à purificação. É a festa da fertilidade, caracterizada por muitas velas acesas, que representam nossa própria iluminação e inspiração. Imbolc também é conhecido como Oimelc, Lupercalia, Festa de Pã, dia de Brigit, além de outro nomes. Nesse período, não existem flores nem frutos no altar, representando o que acontece com a natureza. É tempo propício para a realização de feitiços ligados à fertilidade e à prosperidade.
Ostara
Celebrado por volta do de 21 de setembro, é o Equinócio de Primavera. Neste dia comemoramos o primeiro dia de primavera, quando as energias da natureza desabrocham de forma exuberante. É o tempo em que a Deusa envolve a Terra com seu manto fértil e o Deus Cornífero vivência sua maturidade. No período de Ostara, noites e dias são iguais e tanto o Deus como a Deusa impelem os animais selvagens à reprodução. É o tempo em que vivenciamos o começo enquanto ação que nos leva a novos acontecimentos. Nosso altar deve estar decorado com narcisos e ovos coloridos. Os narcisos representamos primeiras flores da primavera e os ovos pintados, a fertilidade. Devem ser realizados feitiços ligados a começos, ou seja, novos amores, nova casa, novo emprego, nova vida, etc. Em Ostara, a Deusa é reverenciada no seu aspecto de Deusa da Primavera, e o Deus, no seu aspecto de Deus da Fertilidade.
Beltane
É celebrado no dia 31 de Outubro. Beltane marca a entrada do Deus Cornífero no seu período adulto; ele já não é mais um jovem sedutor e se transformou num verdadeiro homem. Dentro de si habita toda a potência da natureza masculina, e ele deseja a Deusa ardentemente. Ela também se apaixona, e juntos fazem amor sobre as relvas floridas. Nesse ritual, deve-se colocar no jardim um tronco ou mesmo um bambu, no centro de um grande círculo. Esse poste deve ser muitas fitas coloridas que cairão quase até o solo. As pessoas deverão dançar em círculo, segurando a ponta de uma fita. Na verdade, esse poste representa nada mais nada menos do que o fallus, ou seja, o órgão genital masculino. Deve-se ter também nesse período o caldeirão repleto de água com flores boiando na sua superfície. O altar deve estar decorado com uma grande variedade de flores. É tempo dos feitiços ligados à fertilidade feminina e ao amor. A Deusa é, então, venerada como noiva, e o Deus, como Senhor da Floresta; Beltane é tempo de celebração da Sagrada União.
Litha
É celebrado por volta de 21 de dezembro. É o tempo do solstício de verão, quando os poderes da Natureza se encontram no apogeu, e a Terra se encontra banhada pela fertilidade da Deusa e do Deus. Tudo é claro, e o sol brilha com enorme intensidade. É tempo das flores solares, como o girassol e a calêndula. O altar deve ter muitos girassóis expressando a potência do Sol nessa época. Ervas mágicas devem ser queimadas no incensário e é também o tempo de colher. Os feitiços são os que estão destinados a aumentar nossas energias e também os de proteção. A Deusa é honrada no seu aspecto Gaia, Mãe Terra, e o Deus, no seu Aspecto de Deus Sol.
Lammas.
É celebrado por volta do dia 2 de fevereiro. Também conhecido sob nome de Lughnasadh, é o período da colheita, quando as plantas da primavera mostram seus frutos e sementes, assegurando, assim, futuras colheitas.  Nesse período, o Deus Cornífero gradualmente perde sua força, e as noites vão lentamente ficando mais longas do que os dias. A Deusa observa ternamente o fenecimento de seu amante, sabendo que, dentro dela, ele vive enquanto seu filho. No altar devemos colocar ramos de trigo, espigas de milho e flores da estação. Assamos bolos e pães, e os comemos junto com outros frutos do verão. É tempo de agradecer o alimento recebido e realizar os feitiços ligados à prosperidade. A Deusa é, então, honrada no seu aspecto Semente, e o Deus é reverenciado no seu aspecto de Senhor da Colheita.
Mabon
É celebrado por volta de 21 de março. É o equinócio de outono, quando a colheita iniciada em Lammas atinge sua plenitude. Mais uma vez dias e noites são iguais, e o Deus se prepara para partir, deixando seu corpo físico e ingressando na sua jornada rumo ao impessoal, para dar lugar ao renascimento da Deusa. A Natureza declina, preparando-se para o inverno. As folhas caem melancolicamente, e tudo parece fenecer tal qual o luminoso Sol. Nesse período o altar deve ser adornado com flores da estação e alguns frutos. É tempo de realização, de feitiços banidores daquilo que não mais se quer, como hábitos sedimentados ou, mesmo, doenças. A Deusa é, então honrada no seu aspecto de Mãe Terra Provedora, e o Deus é homenageado no seu aspecto de Grão.
Samhain
É celebrado por volta do dia 30 de abril, 1 de maio. É o período de despedida do Deus Cornífero, que vai penetrar na eterna escuridão e retornar, renascido em Yule. Samhain é também conhecido sob nome de Festa dos Mortos e Festa das Maçãs. Por ser uma das datas mais importantes para as bruxas, em que se comemora a passagem do ano, ponto em que a Roda completou seu ciclo, Samhain também tornou-se conhecido como Dia das Bruxas. Samhain é tempo de reflexão, em que olhamos para o Ano que passou e procuramos reconhecer nossos atos e deles extrair o significado de nossa vivência. Nesse dia, as bruxas sentem que o grande portal que separa a realidade física da espiritual está aberto, e nessa noite relembramos nossos ancestrais e podemos estabelecer intensa ligação com eles. O altar deve ser ornamentado com maças e folhas de cipreste, e em seu centro deve-se colocar uma cuia cheia de água e algumas velas acesas. É o dia da celebração da escuridão e da morte , e os espíritos nos auxiliam na leitura de oráculos. Em Samhain reverenciamos a Deusa no seu aspecto de Senhora dos Mistérios e o Deus, em seu aspecto de Senhor da Morte. É o período em que o ciclo se cumpre, deixando-nos a esperança do renascimento.

E após o Samhain (pronuncia-se "Sauin" ou "Sauain") virá novamente o Yule, o que dará continuidade ao ciclo de vida, morte e renascimento do Deus e da mudança das estações da Natureza. Vemos com a Roda do Ano que o tempo na Wicca não é visto de uma forma linear, como costumamos ver na nossa sociedade pragmática. Ao contrário, é visto de uma forma cíclica. Tudo o que foi, será. Tudo o que será já foi. Presente, passado e futuro são construtos humanos e não realidades perenes.

Vampirismo


Vampiros.: Criaturas amaldiçoadas, noturnas e demoníacas. Criaturas que vivem de sangue humano, para sobreviver, criaturas eternas com sangue e longe da luz. Criaturas lindas e românticas, criaturas de filmes e contos.
Vampirismo.: s.m Absorção deliberada das forças físicas ou psíquicas. || Crença nos vampiros.|| Fig. Avidez demasiada || Qualidade de vampiro ou vamp.
Introdução
As lendas  e mitos em torno da figura dos vampiros e umd estes mitos constantes que aparecem de forma independente e insuspeita no imaginário de diversos povos. Talvez sua origem seja baseada em um antigo mito de que através do beijo seria possível apoderar-se da vida e da alma de outra pessoa; a exemplo de muitos povos africanos que acreditavam que o beijo era algo diabólico e que a pessoa beijada poderia ter sua alma absorvida se permitisse ser beijada. Entre os antigos astecas havia essa mesma alusão ao beijo, entretanto o mesmo não era considerado demoníaco, e sim uma forma de canibalização que simbolizava a oferta ritual da pessoa a ser sacrificada aos deuses. O sangue também tem um forte valor simbólico em diversas culturas: significa vida, paixão, poder, força, e também carrega consigo uma série de tabus e interditos. É difícil afirmar quando surgiram as primeiras histórias, pois aparecem referências desde a Grécia antiga.

Assim presente no folclore de muitas culturas, o vampiro ganhou vida eterna através da literatura a partir do início do século XIX. Autores como Hoffman e Gogol também contribuíram com o mito. Drácula, de Bram Stoker, foi editado em 1897 e, desde então jamais deixou de ser publicado.
Manual Prático do Vampirismo
Na noite de 5 de maio de 1985, cansados de uma longa escalada ao cume do Pico da Bandeira, eu e Nelsinho resolvemos passar a noite num misterioso hotel situado a alguns quilômetros do abrigo de alpinistas. Nós pretendíamos dormir assim que o jantar acabasse, mas um outro hóspede do hotel mudou nossos planos.

Sentando-se em nossa mesa, sem a menor cerimônia, o hóspede - que se apresentou como um finlandês, mas cujo sotaque lembrava alguém dos Balcãs - disse que se chamava Flamínio de Luna, e que tinha lido numa revista uma reportagem sobre meu interesse por vampiros. Afirmou que tinha sido testemunha de um caso de vampirismo com alguém que amava, e por causa disso havia jurado fazer todo o possível para desmascarar o mito - criado pelos próprios vampiros - de que tais criaturas não existem. Durante anos pesquisou suas origens históricas, suas raízes no mundo de hoje, e as fórmulas para identificar e combater um vampiro. Alto, cabelos brancos, vestido com muito mais elegância do que o lugar ermo onde nos encontrávamos permitia, Flamínio a todo momento lamentava a perda de Mata Ulm (cuja história vai contada na Quinta Parte desse livro), afirmando ter sido este seu único amor nos muitos anos de existência. Durante horas a fio ficamos ouvindo, fascinados, aquilo que nos parecia ser uma grande esquizofrenia, mas uma esquizofrenia inteligente, onde as menores peças faziam sentido.

No dia seguinte procurei Flaminio de Luna para conversarmos mais sobre o tema, mas soube que ele havia partido. O caso não teria passado de uma bela história para contarmos aos nossos amigos, quando recebi - duas semanas mais tarde - o manuscrito de O MANUAL PRÁTICO DO VAMPIRISMO. O pacote, entregue pelo correio, não trazia o endereço do remetente.

Meses depois, por acaso, encontrei no jornal CORRIERE DE LA SERA uma notícia surpreendente, a respeito de uma série de assassinatos ocorridos em Palermo, na Sicilia. As vítimas eram encontradas com a garganta aberta, e sem um pingo de sangue. Apesar das autoridades locais atribuírem os crimes a uma vendetta da Máfia, grande parte dos habitantes - principalmente os mais velhos - juravam que tudo aquilo era obra de um feiticeiro, nascido em 1815, e do qual não se tinha notícia de haver morrido. Seu nome: Flamínio Di Luna.

Pela descrição dos habitantes de Palermo, quero acreditar que o finlandês do hotel e o assassino de Palermo são a mesma pessoa. Neste caso, Flamínio (ou Flaminius) pertence aquela categoria de pessoas que se rebelaram contra a própria natureza, mas não tem meios (ou coragem) para se libertarem dela. Fornecendo a pista correta para sua destruição, Flamínio deixa aberta a porta de seu renascimento.

Mais uma coisa: pedimos ao leitor que se aventurar por estas páginas, que seja muito prudente ao tentar colocar em pratica qualquer ritual aqui descrito. Depois da conversa com Flamínio de Luna, não me custaria nada afirmar que os vampiros existem.

-O Grande Pentagrama Europeu - Parte 1-
Um pouco de história
Grandes preconceitos sempre entravaram o progresso da ciência e o conhecimento humano. Nos domínios da Medicina e da Cirurgia, por exemplo, a proibição de dissecar corpos humanos era uma tradição herdada dos gregos e severamente obedecida. No entanto, esse respeito aos mortos contrastava enormemente com a facilidade com que os vivos eram torturados, assassinados e torrados nas fogueiras.
Somente quando Frederico II e seus sucessores relaxaram as restrições às práticas médicas, a medicina começou a fazer alguns progressos. Na época em que Colombo descobriu a América, alguma dissecação era permitida na Itália, e o mesmo ano que viu a publicação da Teoria de Copérnico (1543) viu também a de um grande marco na história da Medicina, "A Estrutura do Corpo Humano", de André Vesalius (1514/1564), da Universidade de Pádua. Através da obra a estrura do nosso organismo era compreendida através de uma grande quantidade de ilustrações e não mais através de citações hipotéticas e absurdas de Galeno, Hipócrates ou qualquer outro autor morto há milênios. A descoberta da circulação sabguínea por Willian Harvey (1578/1657), que estudou com Jerome Fabricius (1537/1619), o fundador da embrilogia durante o reinado de Israel, - lançou as bases da fisiologia moderna, pois é impossível compreender qualquer processo fisiológico antes de conhecer o fenômeno da circulação do sangue. Seus trabalhos foram complementados depois do aparecimento do microscópio, quando Marcelo Malpighi (1628/1694) observou a passagem das células sanguíneas pelos vasos capilares da superfície do pulmão de uma rã. E foi impossível a todos explicar a natureza da puricação do sangue pelo oxigênio aspirado pelos pulmões, até que o químico francês Antoine Lavoisier (1743/1794) explicasse a natureza da oxidação, entre 1777 e 1785.

Entretanto um progresso muito maior e uma superação de preconceitos fantásticos e insuspeitados ainda terão que ser superados até que possa vir a público e se tornar do conhecimento comum e em forma científica, as singularíssimas situações orgânicas em que a circulação do sangue possa ser estacionada por dias, meses e até séculos a fio, sem que o corpo entre em decomposição. E que esses mesmos corpos possam prescindir da respiração por completo durante esse mesmo período de tempo. Isso não poderá ser feito mais através da dissecação dos cadáveres que só fornecem informação sobre a estrutura dos corpos mas quase que nada de sua função, ou seja, a fisiologia dos processos invisíveis biológicos e psíquicos muito além da anatomia, da química e da microscopia. Esses conhecimentos existem e são desenvolvidos há séculos, permanecendo no entanto em poder secreto de ordens iniciáticas e religiosas que as exploram de formas absolutamente insuspeitadas, enquanto o resto da humanidade padece e continua sem solução até para a simples gripe, bem como do câncer, da leucemia e outras doenças degererativas. Parece ser perfeitamente lógico que até os próprios vampiros só teríam a lucrar num intercâmbio científico comos seres normais. No entanto, mistérios muito mais profundos tornam impossíveis essa possibilidade. Mistérios que datam da criação do ser humano e talvez até da própria vida do Universo... Com vampiros não há diálogo. Apenas a luta de vida ou morte. Que nunca se esqueça disso, pois eles são extremamente ladinos e capazes de qualquer coisa para ludibriarem, vencerem e continuarem vivos.

2. "Apesar da imprensa ser do conhecimento dos chineses no sec. XI, foi efetivamente com johann Gutenberg (1398/1468) que ela se disseminou explosivamente por volta de 1456. Por volta de 1490 Veneza só possuía cerca de cem estabelecimentos gráficos, mas no final do século cerca de nove milhões de livros já haviam sido impressos e disseminados por toda a Europa. Este desenvolvimento fulminante da imprensa condenou à morte o medievalismo. Cinqüenta anos após a invenção da imprensa, a causa da reforma recebeu um novo e poderoso alento e foi precipitada com uma violência explosiva pela descoberta da América. A 3 de agosto de 1492 Colombo partia de Palos e abria um novo mundo ao pensamento humano. O pensamento medieval estava morto. O mundo penetrava nos tempos modernos, no reinado da Razão."

Há alguns anos eu escreveria o texto acima com um grau de certeza muito maior do que a que tenho hoje. Na verdade, após os acontecimentos que constituem a essência desta narrativa, não creio que o pensamento madieval tenha jamais morrido. Nem que o mundo tenha passado alguma vez por um "reinado da razão". O progresso humano tem sido sempre desarrazoado na mesma proporção. Pois como já mencionei anteriormente, a qualidade de vida das pessoas só tende a dcrescer e o progresso passa a ter cada vez menor signficado prático e utilidade. Eu aprecio cada vez menos as máquinas. Porisso, à importância que delego a este documento, fiz questão de prapara-lo manuscritamente. Os grandes documentos, mesmo os mais recentes, são manuscritos. É uma tradição que quero manter. E que este manuscrito original possa ser mantido intacto mesmo depois que as cópias impressas tenham sido disseminadas e sua destruição se torne assim impossível. Sou extremamente grato a Johan Gutenberg, mas certas coisas só mãos humanas podem transmitir. Manualmente.

Darei a este documento completo o nome genérico de MANUAL PRÁTICO DO VAMPIRISMO. Ele constará basicamente de cinco partes: esta narrativa que alinhava num mesmo contexto as pessoas envolvidas e um conjunto de documentos colhidos em diversas situações e muitas vezes de autores diversos no espaço e no tempo, por mim e por meu saudoso amigo e colega Dr. Paul René, a quem dedico este trabalho.

Da Origem do Vampirismo
Das Origens do Vampirismo

Todas as Mitologias e grandes religiões concordam que a bipolaridade energética é uma constante no Universo. Sempre que existir o Bem, existirá também o Mal. Para os Gregos, no princípio era o Caos, o Ovo Primordial. Este Ovo dividiu-se em dois seguindo uma força ordenadora, Eros, formando o Céu e a Terra. Eros é a virtude atrativa que leva as coisas a se juntarem, criando a Vida. É uma força fundamental do mundo. Assegura não somente a continuidade das espécies, como a coesão interna do Cosmos. No entanto, a mesma Nuit que gerou a Terra, gerou também Tánatos - a Morte. Vida e Morte desde então são duas coisas inseparáveis para todo o sempre.

O sangue é um dos símbolos da Vida. A nossa Cultura, que é gerida no aspecto religioso pela força do Cristianismo, tem no Sangue de Cristo a grande fonte de energia que move a roda de seu destino. Tomemos o relato de S. Marcos (Cap. 14 Vs. 22 a 25) "Durante a refeição, Jesus tomou o pão e, depois de o benzer, partiu-o e deu-lho, dizendo: "Tomai, isto é meu corpo". Em seguida, tomou o cálice, deu graças e apresentou-lho, e todos dele beberam. E disse-lhe: "Este é o meu sangue, o sangue da Aliança que será derramado por muitos. Em verdade vos digo, já não beberei do fruto da videira até aquele dia, em que o beberei de novo no reino de Deus". Judas era um dos que estavam sentados à mesa. Assim como Pedro, que viria a negá-lo mais tarde, com medo da morte. Porque? Porque a morte é o grande segredo de tudo. Tanto é que a essência da transmutação ensinada por Jesus está exatamente na Ressurreição. Mas para ressurgir, é necessário que se morra antes. E na ausência cósmica do Sermão da Montanha está a direção a ser seguida por aqueles que querem tomar a própria cruz e segui-lo.

E os Vampiros? Os vampiros não querem nem uma coisa nem outra. Eles não querem nem morrer, nem obedecer a nenhum sermão e muito menos carregar qualquer tipo de cruz. Preferem continuar fazendo tudo para manter um estado de morte parcial e ressurreição parcial, alimentando-se com sangue humano mesmo, evidentemente de muito pior qualidade...

Diz a tradição que os primeiros vampiros surgiram entre os suicidas e os criminosos condenados à morte. Ou seja, pessoas que de uma forma ou de outra tiveram seu período normal de vida interrompido brusca e violentamente. Principalmente os suicidas que se arrependeram do ato quando já não havia mais tempo de voltar atrás. E tanto os suicidas quanto os criminosos eram condenados também pelo Cristianismo. Mesmo que recebessem extrema-unção, depois de mortos não poderiam passar pela Igreja e não poderiam se enterrados em "campo santo" (normalmente os cemitérios ficavam ao lado das igrejas e eram controlados por elas. Os padres eram enterrados dentro das igrejas). Segundo a tradição, a revolta contra essa marginalização, a vontade de voltar a viver e o medo de ir para o inferno criavam uma força suficientemente capaz de fazer com que esses seres não se decompusessem, não morressem totalmente e se levantassem do túmulo, à noite, por muitos motivos. Um deles é que os homens são animais de hábitos normalmente diurnos...

Mesmo assim, mesmo se protegendo na escuridão da noite e se alimentando do sangue apenas de animais domésticos e selvagens, qualquer vampiro estava condenado à extinção se não criasse condições de sobre(semi)vivência. Daí que a primeira providência instintiva de qualquer vampiro era arrumar pessoas que pudessem ajuda-lo a manter-se. Mas mesmo assim, o levante das populações enfurecidas era um perigo insuperável, com o passar do tempo. Só subsistiram ao vampiros de famílias altamente poderosas e influentes. Começaram a aparecer no final do Séc. XVI e se multiplicavam enormemente numa furiosa atividade nos séculos XVII e XVIII, principalmente nos países europeus onde era mais intenso o fervor religioso. Como já argumentamos anteriormente, esse fervor religioso inevitavelmente geraria suas grandes histórias e contradições. A Alemanha foi o país que mais sofreu com a presença dos vampiros e existem ali até hoje muitos tratados eruditos buscando a compreensão de suas atividades e a cura para seus males. No entanto, apesar da Alemanha ter tido o maior número de vítimas fatais desses seres malignos, foi na Inglaterra que surgiram os mais famosos e influentes vampiros, bem como as linhagens politicamente mais fortes e poderosas. Curiosamente, para confirmar a existência contínua da bipolaridade, foi também na Inglaterra que surgiram os maiores inimigos dos vampiros. Bem como na França e na Espanha, em menor proporção.

No entanto, temos fortes razões para crer também que estas linhagens não se extinguiram até hoje. Pelo contrário, se tornaram altamente sofisticadas e suas alianças com os poderes existentes os tornaram praticamente imunes à destruição. Não podemos esquecer que, além do poder econômico, as linhagens de vampiros que conseguiram sobreviver têm ainda a oferecer aos poderes constituídos os grandes segredos de como manter pessoas - e inclusive populações inteiras - em estado de semi-letargia e inconsciência. Os vampiros são especialistas competentíssimos na arte de criar, educar e manter mortos-vivos.

O Grande Pentagrama Europeu
As informações que forneceremos agora são da mais profunda significação e importância para aqueles que se interessam pelo assunto e que queiram compreender de uma forma muito mais ampla fatos históricos que deixaram atônita e desamparada toda a humanidade. Esperamos que estas informações consigam atingir o grande público, pois muitos foram os que heroicamente deram suas vidas para tentar publica-las. Elas não pretendem ser um tratado erudito sobre o assunto, mas sim fornecer indicadores seguros para aqueles que estejam na linha de frente desta luta e ao mesmo tempo dar condições de defesa aos leigos e menos informados. Vamos falar do GRANDE PENTAGRAMA EUROPEU, a estruturação de forças dos vampiros na Europa dos séculos XVII e XVIII, destinada a criar as bases de seu desenvolvimento e poderio em direção ao DOMÍNIO DO PLANETA.

A forma escolhida por eles - o PENTAGRAMA - tem sua razão de ser. As pessoas familiarizadas com o ocultismo sabem que o Pentagrama (Estrela de Cinco Pontas) é o símbolo do Ser Humano, ou seja, o Homem de braços e pernas abertos. No entanto, quando esse homem é colocado de cabeça para baixo, nós temos neste pentagrama invertido a figura do bode, com sua barbicha, as duas orelhas e os dois chifres. O bode passou a representar o diabo, a partir de um determinado momento histórico. No princípio ele era PAN, o deus da música e da flauta, dos gregos... Mas isso é uma outra história, da qual um dia gostaríamos de ter oportunidade de falar. Certo é que o Grande Pentagrama Europeu é invertido, tem sua ponta inferior (a barbicha) em Londres e seu eixo vertical é a linha reta que une Londres a Jerusalém! Os motivos são óbvios, para qualquer pessoa que consulte o mapa a seguir. Em Jerusalém nasceu Jesus, a grande Energia que os vampiros odeiam e lutam por destruir e neutralizar. As outras pontas do pentagrama são as cidades de Berlim, Madri, Bucareste e Palermo. Paris e Roma também se encontram na área coberta pela estrela nefasta. Nestas cidades foram criados núcleos de força dos vampiros. Estes núcleos atuam de forma poderosa, utilizando todos os meios possíveis à disposição. Desde forças políticas quanto econômicas, mágicas, científicas, cósmicas, religiosas, etc. Na Itália, a cidade escolhida foi Palermo, ao invés de Roma, pois em Roma seria impossível a manutenção de um núcleo por muito tempo... Madri é capaz de captar energias da Espanha e Portugal e Londres é capaz de captar a Escócia, Irlanda e suas ilhas.
O GRANDE PENTAGRAMA EUROPEU continua vibrando energias para a Terra até hoje. Sua influência oscila bastante ao longo dos anos. Atualmente estamos em um período de relativa calmaria. Mas o futuro é imprevisível.
Para a constituição do Grande Pentagrama Europeu, reuniram forças principalmente as dinastias de seis ramos principais: Britânico, Germânico, Francês, Espanhol, Romeno e Itálico. Os mais fortes, evidentemente, foram o Britânico e o Germânico. Falaremos um pouco de cada um deles, bem como das principais forças que apareceram para combatê-los. Evidentemente que o PENTAGRAMA sofreu com profundas LUTAS INTERNAS. Principalmente entre Londres e Berlim. A nível político mundial, o pentagrama pode ser tomado como Londres e Berlim ocupando as pontas dos dois "chifres" do bode. Nessas condições, Roma ocupa a "barbicha". Bucareste, na Romênia, capta energias da Rússia. Mas passemos aos Ramos de Dinastias.
O Ramo Britânico dos Vampiros
O ramo britânico constituiu-se principalmente de quatro dinastias: Von Born (Transilvânia), Birmingham (Lancashire), Kingsford (Manchester) e Mc Bell (Londres). À dinastia Von Born, da Transilvânia, pertenceu um grande amigo de Mozart, Ignaz Von Born, nascido em Karlsburg em 1742 e morto em Viena em 1791. Não era um vampiro. Pelo contrário, trabalhou profundamente contra a proliferação desses seres. Só mais tarde veio a saber que seu primo Theodore Von Born o era. Ele próprio se encarregou de eliminá-lo. O vampiro mais famoso dessa linhagem foi o Conde Charles von Born, identificado como tal e morto em 7 de julho de 1815.

O Cristianismo Esotérico na Távola Redonda

A maior e mais antiga força de combate ao vampirismo na Inglaterra surgiu com o Cristianismo Esotérico presente nos escudos de armas da Ordem dos Cavaleiros da Távola Redonda, que cultivava a lenda do SANTO GRAAL, que conteria o Sangue de Cristo. O maior sonho de grandes vampiros foi a descoberta e destruição do Santo Graal. É a lenda (?) mais importante da Inglaterra. O Rei Artur teria existido na primeira metade do séc. VI, na região de Windsor.

Outro grande combatente do vampirismo na Inglaterra foi o astrólogo, alquimista e historiador Elias Ashmole (1617/1692), figadal inimigo da dinastia dos Mc Bell. Ocupou vários cargos públicos na corte de Carlos II. Editou um tratado alquímico chamado The Waiss to Bliss (1658), onde cita fórmulas de neutralizar a força dos vampiros.

Não poderíamos deixar de citar também o Barão de Verulam, (1561/1626) também conhecido como FRANCIS BACON, considerado antecessor direto de Newton e Galileu. É possível que tenha sido Rosenkreutz, o Conde de S. Germain e uma grande controvérsia ainda existe para provar se ele realmente escreveu ou não os dramas de Shakespeare. Ao perseguir elementos da dinastia de vampiros Birmingham foi vítima de uma manobra política e acusado de peculato (desvio de verbas) tendo que abandonar o cargo e interromper sua luta. Ocupa o cargo de Lorde-Chanceler na Suprema Magistratura.

Se Francis Bacon realmente foi o mesmo Conde de Saint Germain, não nos cabe afirmar. Certo é que o "Príncepe Rakoczy da Transilvânia" ou Conde de Saint Germain (1710/1784) foi a mais preeminente figura do ocultismo ocidental. Está cercado de um halo de lenda e mistério. É considerado um "homem que nunca morre". É provavel que seja o ser humano atualmente em atividade na face do planeta que realmente tenha entendido a essência da mensagem Crística e a tenha colocado em prática, dominando a morte de uma forma completamente oposta aos vampiros. A lenda lhe atribui vários séculos de idade. Onde quer que apareça, promove curas e possui faculdades paranormais além de qualquer coisa conhecida. Como grande ativista da Sociedade Branca consagrou-se ao progresso e elevação da humanidade.

Mais recentemente, Annie Besant (1847/1933) dedicou grande parte de sua obra ao esclarecimento de como enfrentar o vampirismo. Ela é continuadora da obra de Helena Blavastky e seria uma das reencarnações de Giordano Bruno. Sua profunda relação com a Índia trouxe consideráveis esclarecimentos ao problema dos mortos vivos com os estudos feitos junto a grandes faquires como Thara Bey. Thara Bey era egípcio e membro da seita dos coptas cristãos. Estudou medicina em Constantinopla. A Sociedade Teosófica, foi fundada por Helena Blavatsk em 17 de novembro de 1875.

Entre os mais influentes vampiros estão o Visconde Dicson Birmingham, que chegou a pertencer à Maçonaria Inglesa e foi morto em março de 1793, e o Barão Aurelius Kingsford - um dos autores da manobra para neutralizar Francis Bacon. Aurelius Kingsford desapareceu sem deixar rastros, após ser identificado publicamente como vampiro.
O Ramo Germânico dos Vampiros
As duas principais dinastias germânicas são o Emmerich (Stuttgart) e Haushoffer (Berlim). O maior dos antigos vampiros alemães chamava-se Johhan Valentinus Andreae (Wurtemberg 1586, Stuttgart 1654). Pertence à dinastia dos Emmerich. Foi diácono luterano em Vaihingen (1614) e superintendente da cidade de Kawl, cargo que teve que abandonar por causa da Guerra dos Trinta Anos. Introduziu grande confusão nos debates rosacruzes da época. Pertencia à Ordem e politicamente era necessário a seus interesses que ela se desorientasse. Escreveu "Turis Babel Sive Judiciorum de Fraternitate Rosae-Crucis Chaos", relativa aos julgamentos sobre a fraternidade. Tudo indica que a egrégora da Ordem conseguiu elimina-lo para sempre da face do planeta.
Da linhagem antiga da dinastia Haushoffer, o maior representante é, sem dúvida o Conde Benedict Carpzov Haushoffer (Wittenberg 1595, Leipzig 1666). Curiosamente é o autor do Maleus Maleficarum dos protestantes, chamado "Practica Nova Imperialis Saxonica Rerum Criminalum (1635). Suas obras exerceram grande influência nos processos de bruxaria e firmou milhares de sentenças de morte. Alimentava-se tranquilamente do sangue de suas vítimas, acobertado pelo cargo público; pois era Chanceler Privado em Dresde e membro da faculdade de jurisconsultos de Leipzing.
Os Alquimistas Fausto e Goethe
Fausto - o personagem que inspirou Goethe a escrever a obra prima da Cultura Alemã - teve existência real. Foi um mago do Séc. XVI famoso na lenda e na literatura. Existem provas suficientes de sua existência através de citações de J. Trithemius (1462/1516), K. Mudt (1513) e J. Wierus (1515/1588), que falam dele desdenhosamente, tratando-o como charlatão. J. Gast, no entanto, em seus "Sermones Convivales" (1543), atribuiu-lhe poderes sobrenaturais. Era astrólogo, alquimista, quiromante e advinho. Sua história foi contada 30 vezes antes de Goethe, em forma de romance de cordel. Somente Goethe conseguiu conferir-lhe universalidade suficiente para torna-la um dos grandes mitos universais eternos, símbolos da inquietude e ambições humanas. Já Goethe foi um dos maiores poetas líricos da humanidade e um dos grandes gênios de todos os tempos, ao lado de Da Vinci, Galileu e Kepler. Filiou-se à Maçonaria em Weimar em 1780. Nasceu em 1749. A vida de ambos - Fausto e Goethe - é uma mistura de ficção e realidade, onde um pacto de sangue com o demônio em troca da juventude (motivo central da obra "Fausto") é o arquétipo que representa a essência do desejo de qualquer vampiro. Cabe a Mefistófeles decidir se concede ou não o privilégio. Este detalhe é importante: um vampiro não tem nunca um poder como o de Mefistófeles. Apesar de poder pactuar com ele, como qualquer ser humano...

Vampirismo e Nazismo

À dinastia Haushoffer pertenceu também o General e ocultista alemão Karl Haushoffer (1869/1946). Foi iniciado numa lamaseira Tibetana. Defendia a tese segundo a qual a raça indo-germânica asseguraria a permanência e grandeza do mundo. Foi apresentado a Hitler por R. Hess e teve atuação marcante na implantação das doutrinas esotéricas nazistas. Foi o diretor do grupo ocultista Thulé e instituiu a CRUZ SUÁSTICA como emblema do regime. Foi discípulo direto de Gurdjieff e o apresentou a Hitler. Assassinou a própria esposa em circunstâncias misteriosas em 1946, desaparecendo em seguida...

O sucessor do vampiro Karl Haushoffer no grupo Thulé foi Hanussen, misterioso ocultista que desempenhou um importante papel no Terceiro Reich. Teria sido um emigrante judeu que se instalou de forma meteórica entre a elite berlinense. Dirigiu sessões públicas de hipnotismo e telepatia. Ao grupo Thulé, dirigido por ele, pertenciam Hitler, Himmler, Goering e outras autoridades nazistas. Desapareceu em 1933, deixando notáveis contribuições para o regime. Na área política contribuiu com técnicas de propaganda subliminar e hipnótica. Na área da alimentação, com a transformação e conservação de sangue e carne humanas para enlatados.

O Ramo Francês dos Vampiros
O notável cientista e biólogo francês Alexis Carrel (1873/1944) também tratou da conservação de tecidos humanos, mas de uma forma completamente diferente dos nazistas. Fez culturas de tecidos VIVOS fora do corpo humano, criou o primeiro coração artificial e implantou o fluido Carrel-Dakin para o tratamento de ferimentos. Sua obra mais importante chama-se "O Homem, Esse Desconhecido".

As duas principais dinastias de vampiros franceses são De Rais (Nantes) e Du Fleur (Paris). O mais famoso representante da dinastia De Rais é o militar Barão Gilles de Rais, eleito para acompanhar Joana D'Arc a Orleans, participou de várias batalhas ao lado dela. Possuía grande fortuna, mas recorreu à alquimia para tentar mantê-la quando começou a empobrecer. Nisso conheceu vários nigromantes e mergulhou na magia negra. Em 1440 respondeu a processos por diversos assassinatos e confessou ter matado mais de cem rapazes em rituais macabros, onde, entre outras coisas, lhes bebia o sangue. É o mais famoso vampiro da história da França. Da dinastia Du Fleur o maior representante é o conde Antoine Du Fleur (1521/...). Chegou a ocupar o cargo de procurador-geral na corte de Charles IX. Co-participou do grande massacre da Noite de S. Bartolomeu. Diz a tradição que preferia o sangue de recém-nascidos ainda não batizados, o que conseguia através muitas vezes da violência. Matou centenas de crianças para sugar-lhes o sangue. Era apoiado pelo rei Charles IX (1550/1574), que ocupou o trono da França de 1560 até a morte. O rei mantinha no Louvre uma escola de nigromancia e após ter comandado o massacre de S. Bartolomeu tinha pesadelos acordado, onde via corvos com a plumagem manchada de sangue perseguindo-o...

O mais antigo personagem a combater na França os morcegos que voejavam em torno da Catedral de Notre Dame foi Jacques de Molay, morto em Paris em 1314. Foi o último grandemestre da Ordem dos Cavaleiros Templários, na qual ingressou por volta de 1265. Foi vítima de uma conspiração do Papa Clemente V e o Rei da França e terminou executado junto com outros cavaleiros templários. Existe extreita relação entre a Maçonaria e a Ordem dos Templários.

O combate astral aos vampiros na França tem como maior expressão o investigador metapsíquico e escritor Gabriel Delanne (Paris 1857/1926). Conseguiu eliminar definitivamente do plano astral o espírito vampiro de Leonora Galigai (morta em Paris em 1617), acusada de enfeitiçar Maria de Médicis. Fogueira.

O Ramo Espanhol dos Vampiros
Também duas dinastias se destacam no Ramo Espanhol do Grande Pentagrama Europeu. A dos Villa Nova (Sevilha) e dos Iglesias (Madri). O grande vampiro Arnaldus de Villa Nova (1235/1313) era astrólogo, alquimista, médico e naturalista. Estudou alquimia, física, filosofia árabe e medicina em Paris. Foi perseguido pela Inquisição. Desapareceu misteriosamente quando viajava para Avinhão, a chamado de seu amigo o Papa Clemente V. Os inquisidores sabiam que se tratava de um vampiro. Suas viagens eram normalmente para contatos com outros mortos-vivos.
Amarildo Fuentes Iglesias (1355/1416) e Berthold Iglesias (1527/1577) foram também expoentes políticos em suas respectivas épocas, distantes entre si quase um século, mas dentro da mesma dinastia. Diz a tradição que o segundo - Berthold - foi um dos grandes incentivadores das touradas e chegou a sugerir outros espetáculos mais sangrentos aos governantes espanhõis. Quanto aos seus espetáculos particulares, eram particularmente sangrentos...

O Ramo Romeno dos Vampiros
O núcleo de vampiros do Ramo Romeno do Grande Pentagrama Europeu conseguiu reunir representantes das dinastias Bruhesesn (Bucareste), Katterfelto (Prússia), Lobaczewski (Cracóvia, na Polônia), Nikolaievitch (Moscou) e Emmerich (Kiev, na Ucrânia).
Essa grande diversidade só era (e é) possível devido ao fato de que existe para uni-las um inimigo comum. Mas essa mesma diversidade dentro de toda a estrutura do Grande Pentagrama provoca nos grandes conflitos políticos um intrincado de interesses, alianças, pactos e traições tão grande que muitas vezes uma mesma dinastia tem uma aliança com outra no mundo dos vivos e uma luta de extinção no mundo dos mortos-vivos...

O Ramo Itálico dos Vampiros
O Ramo Itálico, apesar de ser o menos representativo numericamente falando, é importantíssimo no plano de forças astrais do arsenal do grande Pentagrama. Pois sua função mais importante é interferir nas emissões energéticas do Vaticano para o resto do mundo.
Suas atividades em Palermo são comandadas pelo Mago e Vidente vampiro Conde Marcello Murillo de Andreas Cupertino (1204/...), primeiro vampiro da Dinastia dos Cupertino e provavelmente o mais antigo ainda em atividades no planeta. Possui profundos conhecimentos políticos e táticos e chefia ma das maiores redes de informação criminosa da terra. Tem profunda influência em todas as famílias sicilianas e continuamente assina novas alianças e pactos de ajuda mútua.